segunda-feira, dezembro 26, 2011

A que ponto chegamos?

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Hoje vou falar aqui de um assunto que irá tocar em pontos bastante polêmicos, mas quando a inspiração chega, seja da forma que for, devo dedicar-me a escrever sem medo, por mais riscos que eu possa correr de ser julgado pelas outras pessoas. Peço inspiração ao alto para que minhas palavras aqui sejam claras e objetivas, que sejam dignas da compreensão da maioria dos leitores. 

Houve uma época de minha vida, que por um longo período, morei em um bairro muito pobre da zona sul de São Paulo, a famosa periferia. Quando se vive em uma periferia, ao menos para mim, aprendemos regras de convívio social, bastante diferentes daquelas ensinadas antigamente nas aulas de moral e bom costume. Eternizada pela voz de Bezerra da Silva, a frase “Malandro é malandro e mané é mané”, descreve bem aquilo que estou querendo expressar aqui, mas para desenhar uma imagem perfeita daquilo que estou dizendo, nada melhor do que um exemplo, então vamos lá: 

Minha história nesse bairro de São Paulo começou aos meus 10 anos de idade, fui morar lá junto de minha família e por lá fiquei até os 18. Deixei meu lar com essa idade e fui morar em outra cidade, entre idas e vindas voltei a morar nesse bairro por mais duas vezes, já casado, uma vez fiquei por lá durante 1 ano, saí novamente e voltei para ficar mais 3 anos, somando são 12 anos de experiência nessa periferia. Fiz essas contas para poder dizer que nesses 12 anos, 11 anos e 10 meses, na casa de minha mãe, havia uma placa toda velha e enferrujada com os seguintes números 293, era o número da casa, que entre outras funções indicava ao carteiro onde deveria entregar nossas correspondências. Depois de uma série de acontecimentos, dentre eles o falecimento de minha mãe, fui morar naquela casa com minha esposa, precisei dar uma bela reformada em todo imóvel e durante a reforma, fui até a calçada e encontrei uma coisa na fachada da casa que eu tinha vontade de mudar fazia tempo, a bendita plaquinha com o número 293. Rapidamente segui até o depósito de material de construção mais próximo e comprei os números mais bonitos que pude encontrar, dessa vez não era uma placa com os 3 números, comprei o número 2, o número 9 e o número 3 todos muito bem trabalhados, enfim, uma coisa tão simples como essa estava me causando uma empolgação fora do normal. No mesmo dia que os comprei, retirei a placa velha e enferrujada que após ter saído completamente, revelou a cor original daquele muro, ou melhor, revelou-me o fato de que o muro nem sequer tinha sido pintado quanto afixaram-na lá, fato que na época devia fazer no mínimo uns 30 anos. Peguei minha furadeira e cuidadosamente fiz 6 furos, cada número vinha com dois pinos para ser encaixado na parede. Alinhei os números com todo cuidado e cerca de meia hora depois, eu tinha conseguido deixar a fachada da casa mais bonita com apenas R$ 6,00, visto que cada número custou-me R$ 2,00. 

Acostumado com a “política de boa vizinhança” resolvi não dar bobeira, digo isso por que somente o fato de fazer os furos corretos no muro, com a broca de tamanho certo, com a ajuda de um martelo eu conseguiria encaixar facilmente os números no muro, porém resolvi usar uma broca um pouco maior e preencher os 6 buracos com durepox, não tinha como arrancar nenhum número, somente quebrando os pinos. 

Por que estou contando tudo isso? Pelo simples fato de que dois meses depois, alguém que estava precisando muito de um número 9, roubou ele de minha fachada, deixando apenas o número 2, um espaço e o número 3. A criatura quebrou os pinos que foram fortemente afixados na parede, mas com o cuidado de não quebrar o número, imagino que não tenha sido um ato simples de vandalismo, pois normalmente quando isso acontece os estragos são visíveis, nesse caso eu possivelmente acharia o número 9 jogado em algum canto da rua. Não, não acredito em vandalismo, acredito que isso tenha sido um roubo, alguém economizou a mixaria de R$ 2,00 as minhas custas. O que fiz? Como eu não tinha jogado a plaquinha velha e enferrujada fora, voltei a fixá-la ao muro, fazer o que? 

Exemplifiquei dessa forma, para que possam entender como funciona a cabeça de pessoas desprovidas de cultura e senso de civilidade, as vezes não são nem más pessoas, são apenas acostumados a sobreviver em uma realidade que jamais aceitei para mim. 

Pois bem, outra coisa que me incomodava muito nesse bairro, eram os dias de por o lixo para fora, para que os coletores pudessem recolher. Isso me incomodava devido ao fato que, depois que popularizaram da venda de material reciclável no Brasil, todo mundo queria tirar uma lasquinha e nem os lixos estavam escapando. Acredito que o lixo daquele bairro é o mais concorrido da Zona Sul de São Paulo, bastava dar 18 horas que se viam coletores de material reciclável de todo tipo na rua, alguns com automóveis, outros com carrinhos feitos de carcaças de geladeiras e o terceiro tipo que carregava consigo apenas alguns sacos de estopa. O que acontecia então? Colocávamos o lixo para fora dentro daqueles sacos plásticos pretos, pouco tempo depois vinha um dos coletores de material reciclável e descobria que coloquei todas as latinhas de alumínio em um saco separado, para facilitar o serviço deles, esse saía todo feliz da frente de minha casa, pouco tempo depois aparecia outro coletor de material reciclável e não vendo nada, resolvia furar os sacos de lixo em busca de alguma coisa que pudesse aproveitar, eu então ia até a calçada e recolhia todo o lixo que ele deixara espalhado no chão e colocava dentro de um novo saco plástico, tempos depois novo coletor aparecia e fazia tudo de novo. Para economizar meus nervos e dinheiro na compra de sacos para lixo, resolvi colocar o lixo para fora de casa, somente quando eu ouvia o caminhão subindo a rua, trabalhoso sim, mas eu não via alternativa. 

Esse tipo de coisa, depois de passado o nervoso, me deixava sempre muito triste, pois eu notara que até o lixo estava sendo concorrido, e não era um lixo de um bairro como o Morumbi ou os Jardins, era o lixo de uma periferia. 

Enfim, depois de um tempo eu coloquei na minha cabeça que precisaria mudar dali, queria um lugar melhor e consegui, minhas condições financeiras não me permitem morar como eu desejo, ainda não, mas me mudei para uma cidade menor e consegui encontrar uma casa em um bairro, digamos, mais tranquilo. 

Sabe o que aconteceu hoje na frente de minha casa? Um coletor de material reciclável rasgou todos os sacos de lixo que eu havia acabado de colocar para fora e deixou todo o lixo espalhado, vi tudo acontecer por uma fresta de meu portão, pensei em sair e brigar com ele, visto que o rapaz demonstrava não ter o menor cuidado para não espalhar o lixo, mas resolvi preservar a mim e a minha esposa, afinal no mundo que vivemos não se pode brigar com as pessoas assim, principalmente na porta de casa. Deixei ele terminar de chafurdar meu lixo e depois fui até a calçada e juntei tudo que estava espalhado num novo saco. 

Pensando a esse respeito, lembrei-me de meus tempos de criança, quando minha mãe não queria colocar o lixo para fora muito cedo, por que os cachorros podiam rasgar e fazer a maior sujeira e comparei com essa cena de hoje, que por sua vez me remeteu aos tempos de periferia, por fim a única coisa que pude pensar foi “A que ponto chegamos?”. 
Hoje me deparei na internet com a notícia de que o Brasil está para ocupar o lugar de número 6 na economia mundial, essa mesma notícia foi veiculada pelos principais telejornais de hoje também, disseram com orgulho que ultrapassamos o Reino Unido e também que isso foi motivo de comemoração para o Ministro da Fazenda. 

Me pergunto: Será que tenho motivos para me orgulhar de meu país? Um lugar onde o lixo é concorrido, onde existem ainda cerca de 12 milhões de pessoas vivendo na miséria, um lugar em que políticas e políticos ainda prezam pela manutenção da pobreza e da ignorância de seu povo, como forma de controle? Acho que não! 

Por fim, não posso deixar de me indignar com a falta de educação de criaturas que agem feito cachorros, rasgando sacos de lixos e fazendo muita sujeira, mas não posso pôr a culpa somente nessas pessoas, visto que, ao menos para mim, 90% delas com um pouco mais de estudos e condições sociais mais dignas, com certeza não veriam o lixo com opção de sobrevivência, com certeza não mexeriam com as mãos descobertas nos detritos de outras pessoas e com certeza optariam pela educação. 

RECICLAR LIXO É MUITO IMPORTANTE, MAS NÃO MAIS IMPORTANTE DO QUE RECICLAR PESSOAS! 

Pensem nisso!

João Fernando.
26/12/2011

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Pequeno dicionário de bolso. (Por que / Por quê / Porque ou Porquê?)

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Amo a língua portuguesa, acho um dos idiomas mais belos do mundo, perdendo talvez, em minha opinião, apenas para o Italiano. Mas o Italiano foi um idioma criado com a intenção de ser o mais belo do mundo mesmo, então não vale. Opa! Um bom assunto para um post, vou guardar aqui na caixinha de ideias. 

Bem, como eu ia dizendo, adoro meu idioma, mas isso não significa que não o questiono, um de meus questionamentos é: O porque de tantos por quês?

Enquanto eu surfava pela internet, encontrei o texto abaixo que nos ajudará com essa regrinha, de forma fácil e simples:

Por que

O por que pode ser empregado em dois casos:

Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:

Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)

Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.

Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)

Por quê

Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.

Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?
Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.

Porque

É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.

Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)

Porquê

É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.

Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)

Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)

Essa explicação é de autoria de Sabrina Vilarinho (graduada em Letras), retirei essas informações do seguinte site http://www.brasilescola.com/.

quinta-feira, dezembro 08, 2011

Conheça a verdade e ela te libertará.

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Pais Sagrados do Primeiro
Concílio de Niceia que seguram
o Credo Niceno-Constantinopolitano

Como todo bom escritor sou uma pessoa extremamente curiosa, minha cabeça não para por nada e sempre está em busca de conhecimentos. Desde muito tempo, venho fazendo-me a pergunta que a maioria das pessoas se faz diariamente, mesmo que no segredo de seus pensamentos: De onde venho e para onde vou?

Sendo eu uma pessoa criada na base de uma religião, e essa sendo espiritualista, perguntas como essa acabam por serem explicadas dentro da doutrina religiosa, na verdade, acredito que qualquer doutrina religiosa tente constantemente gerar explicações através de suas verdades, para essa pergunta. Mas aí que está, para qualquer curioso e implicante como eu, chega um ponto que tais explicações acabam indo por terra e não adianta você ir ao membro do mais alto escalão da religião que você siga, indagando-o sobre as inconsistências das explicações dadas por aquela instituição, pois é certo que você receberá uma resposta vazia, subjetiva e por muitas vezes chegará ao ponto da ignorância, acusando-te de tentar impor sua opinião sobre algo que é sagrado.

O que fiz então? Comecei a buscar por pessoas que assim como eu, cansaram-se de tais respostas vazias e comecei a estudar os mistérios da humanidade, através de suas descobertas e teorias. Foi aí que conheci nomes interessantes como Zecharia Sitchin, Erich Von Däniken entre outros que são menos conhecidos, porém apaixonados pela mesma busca que faço diariamente. Posso dizer que sinto intimamente que depois de iniciar com maior seriedade minhas pesquisas sobre a história humana e seus mistérios, senti grande força me conduzindo, mostrando-me devagar quais textos e vídeos eu deveria conhecer primeiro e depois me conduzindo a um grau mais elevado do conhecimento, não digo aqui que tal força veio de X ou Y lugar, muito menos desejo impor qualquer tipo de crença religiosa nesse texto, apenas digo que senti-me como guiado através do conhecimento que me vinha sendo revelado e ainda é assim até hoje. As vezes, como todo bom e patético ser-humano, caio na bobeira de achar que cheguei ao ápice de onde eu poderia chegar, que possivelmente não haverá mais nada para se aprender. Quando isso acontece, fico um tempo raciocinando e teorizando as coisas que descobri e logo algumas se apresentam como apenas um fragmento de algo que possivelmente é muito maior. Pronto, tempos depois começam a chegar até mim informações relevantes, novos fragmentos daquilo que eu já havia considerado acabado e uma enxurrada de novas informações torna-me novamente pequenino diante da grandeza.

Lembro-me perfeitamente do dia em que minha mãe, empolgada com seus estudos, veio até mim e disse:

- Filho, quanto mais eu sei que sei, mais sei que nada sei!

São essas palavras de Platão que me acompanham fielmente até hoje e me ajudam a controlar o ego humano, que insiste em querer por um ponto final, acreditar que já sabe de tudo.

Platão, pintado por Rafael.
Eu não sabia como começar a falar desse assunto, são tantas coisas e na verdade não há um início, pois aquilo que consideramos início torna-se apenas o meio do caminho, as vezes o fim dele, quando novos conhecimentos vão nos sendo agregados. Foi hoje, quando eu estava espiando alguns vídeos no Youtube e deparei-me com um vídeo, melhor dizendo, uma série de vídeos que deixaram-me perplexo e diante dessa perplexidade tive um estalo mental: “É por aí que devo começar”.

Tal vídeo é uma encenação produzida pela igreja católica, contando os fatos que ocorreram no Concílio de Nicéia. Cliquei nele imediatamente para poder ver o que a essa religião ensina a esse respeito e tomei um susto tão grande que só não caí sentado, pois eu já estava nessa posição!
Nesse vídeo, exalta-se o imperador Constantino como o possuidor da mais pura sabedoria, assim como a todos os membros que por lá compareceram, deixa claro que a maior intenção é ensinar aos jovens adeptos dessa igreja que o Concílio de Nicéia foi algo bom e santo. Eu, em minha ignorância acreditava que tal fato era escondido pela igreja católica, do mesmo modo que até hoje na Alemanha, pessoas negam a existência do Holocausto, ou como a “santa inquisição” que é bem abafada pelos membros da própria igreja. Mas não, pelo menos para aquele grupo religioso, que foi responsável pela encenação, tal fato foi algo glorioso!


Trocando em miúdos e falando na linguagem mais popular possível, o cristianismo na época estava uma bagunça, estamos falando de 325 D.C. Cada grupo cristão acreditava numa coisa e essa mesma coisa entrava em choque com o que outros grupos acreditavam. Nessa época Constantino teve a “brilhante” ideia de convocar bispos de todos os lados do mundo, para criar um padrão de concordância entre todos sobre a ideia cristã. Gente, alguém aí conhece uma história em que política e religião se juntaram e tiveram um final feliz? Pois é, nem eu!      

Vocês então conseguem imaginar o que esse grupo de pessoas confabularam a respeito da “religião”, envolvendo seus próprios interesses políticos, afinal até hoje a religião é um bom meio de controlar grandes massas, ou estou mentindo? Vocês fazem ideia de quantos escritos antigos, vários deles falando sobre Jesus, foram considerados não canônicos e abolidos daquilo que hoje em dia as pessoas chamam de Bíblia Sagrada? Alguém aí já parou para pensar que Jesus era judeu e que para os judeus o sábado é sagrado, mas que por algum motivo “consagramos” o domingo? Ok, o Shabbat foi proibido pelo Concílio de Laodiceia, assim como foi em outro Concílio, o de Antioquia, que ocorreu em 341 D.C. que proibiu aos cristãos comemorarem a Páscoa Judaica! Sabe-se também que 170 D.C. já se falava sobre a censura de alguns evangelhos na bíblia. Sabe para que esses concílios serviram? Em minha opinião só para espalhar pelo mundo o anti-judaísmo, ou o anti-semitismo cristão.

Gente, em minha opinião, independente de quem tenha sido Jesus, se de fato o filho primogênito de Deus ou um rebelde no melhor estilo Che Guevara, ou quem sabe nenhum dos dois, acredito que ele veio com a seguinte mensagem:
                
“ Vocês são seres livres, não há quem os prenda e vocês não podem prender ninguém! Não há regras ditadas pelo ser humano que devam ser seguidas. Se vocês forem livres e não impedirem a liberdade de seu próximo, que assim como você também é livre, tá tudo certo!”
               
Essas palavras aí acima são minhas, tá? Só para deixar claro que não sou maluco, não falei com Jesus como alguns dizem que falaram, é só uma interpretação minha da mensagem que acredito que ele passou.
               
Desde muito tempo...
Agora imaginem vocês, esse tipo de pensamento dá futuro para aqueles que gostam de enriquecer às custas dos outros? Alguém muito inteligente e pouco sábio percebeu que no mundo o que gera a riqueza são os seres humanos, talvez ele não tenha percebido que essa riqueza, e aqui não falo só de dinheiro, mas também de fama e tantas outras formas de riqueza material, carnal talvez, só serve para por um homem ou uma mulher num lugar mais acima de que outros homens e mulheres, um destaque que se acaba com a morte.  Vocês já pararam para pensar que se não houver gente no mundo, só você e no máximo a sua família, o acúmulo de riquezas não teria sentido, pois não haveria o que comprar ou para quem se mostrar? Vocês já perceberam que os trabalhos que desenvolvem para ganhar o rico dinheirinho que coloca a comida em suas mesas, veste seus corpos e faz tantas outras coisas, é voltado para o ser humano? Pois é, nada daquilo que fazemos aqui nessa terra, refiro-me aos nossos ofícios, tem um propósito diferente do que fazer coisas para as pessoas. Mesmo quando, utilizando um exemplo moderno, uma pessoa é um programador de computador e passa horas de sua vida de frente a uma máquina, interagindo mais com ela do que com um grupo social, nem mesmo essa pessoa está fazendo algo que não seja para o ser humano, pois ela está desenvolvendo algum software que ajudará pessoas, mesmo que indiretamente. Entendem? Não há mais nada nesse mundo, só nós e todas as demais espécies dos reinos, animal, vegetal e mineral. O resto é tudo invenção do homem para aprisionar o homem.

Tá, mas por que eu estou falando tudo isso? É por que através da omissão, da mentira e de tantos outros artifícios pouco bondosos e muito bem elaborados, esconderam a verdade da massa popular do mundo, obtendo assim o grande controle que tanto desejaram! Quando Jesus veio à terra e disse que ninguém está sob o controle de ninguém, ficaram tão raivosos que conseguiram dar um jeito de pregá-lo na cruz, acreditando que assim calariam suas palavras, vendo que tal atitude só serviu para criar um ser mais poderoso, começaram a manipular todo conhecimento que ele havia nos passado, perceberam que o melhor seria não lutar contra ele e sim distorcer suas palavras e dizer para todo mundo que eles, os homens ávidos pelo poder desmedido, também eram seguidores da boa nova trazida por Jesus. Claro! A boa nova foi deturpada e consequentemente gerou mais vantagens para eles do que eles mesmos podiam imaginar.

Gente, consegui acesso há alguns livros considerados apócrifos da bíblia, eles não estão tão escondidos como antigamente eram, quando tais fatos foram escondidos, uma semente plantada debaixo da terra, acreditaram que ela jamais brotaria, mas agora ela está virando uma árvore frondosa. Não vou por enquanto colocar aqui, minhas impressões sobre a leitura que ainda estou fazendo dos textos apócrifos, quero lê-los mais algumas vezes para conseguir formar uma opinião mais clara em minha mente, verei se consigo postar aqui os títulos que tenho em mãos, para download em formato PDF, por enquanto vou apenas listar aqueles que eu já tenho comigo, mesmo ainda não tendo lido todos.
Apócrifo vem da palavra grega apókryfos
e pode ser traduzido como "cuidadosamente
escondido".

·         A Origem do Mundo
·         Apócrifo de João
·         Segundo Tratado do Grande Seth
·         Protenóia Trimórfica
·         O Trovão, Mente Perfeita
·         Apocalipse de Paulo
·         O Livro de Tomé o Contendor
·         Apocalipse de Tiago
·         Segundo Apocalipse de Tiago
·         Apocalipse de Adão
·         Apocalipse de Pedro
·         Revelações e Pensamentos
·         Carta de Pedro a Felipe
·         A Sabedoria Secreta de Cristo
·         A Hipóstase dos Arcontes
·         Ensinamento Autorizado
·         Apócrifo de Tiago
·         O livro de Enoque

Para aqueles que tenham ficado muito curiosos, não precisam esperar eu conseguir disponibilizar aqui no site esses livros, basta copiar o nome deles e colocar no Google, com certeza acharão um material bastante interessante, basta fazer alguns filtros e principalmente buscar se distanciar do fanatismo, esse está espalhado aos montes até mesmo pela internet. 

Despeço-me desejam muita paz e muita luz a todos e deixo uma pergunta no ar: 

Você acredita que é realmente livre?


João Fernando
08/12/2011

sexta-feira, novembro 25, 2011

Pequeno dicionário de bolso. (Excessão ou Exceção?)

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Sou uma pessoa hiperativa quando escrevo, logo é fácil de encontrar alguns erros em meus textos, tanto de digitação quanto de ortografia e gramática. Isso não significa que não me importo com esse tipo de coisa, na verdade sou um apaixonado pelas palavras, adoro aprender novas palavras, utilizá-las em meus textos, buscar sinônimos, essas coisas.

Resolvi então fazer pequenos posts como esse, colocando a solução para algumas dúvidas que surgem nessa nossa língua portuguesa, que de tão rica acaba por nos confundir.

Excessão   Exceção

A Palavra exceção não se assemelha com exceder, e nem mesmo é da mesma família etimológica.

O que excede é excesso e não exceção!

A palavra exceção vem de excetuar e não de exceder, excetuar significa deixar de fora, excluir.

Considere que palavras derivadas de outra e que possui o T no radical, escreve-se com Ç.

Cantar - Canção
Exceto - Exceção
Optar  - Opção

Abrirei uma exceção no seu caso. 

domingo, novembro 13, 2011

PROMOÇÃO ENCERRADA - AGRADEÇO AOS POUCOS PARTICIPANTES COM MUITO DE MEU CARINHO! OBRIGADO.

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Comunidade Resenhas Literárias
O Diário Das Revelações




PARABÉNS PARA MARCIA REGINA, QUE GANHOU UM EXEMPLAR DE O DIÁRIO DAS REVELAÇÕES EM FORMATO EBOOK!


Quer ganhar um exemplar de O Diário das Revelações - Uma História Real?


         Está no ar, na comunidade Resenhas Literárias uma nova promoção, nela estão sendo sorteados 6 exemplares de O Diário das Revelações - Uma História Real, basta que clique no link para acessar a comunidade e em seguida responder algumas perguntas pertinentes a essa obra. Lá você terá a oportunidade de concorrer a mais dois títulos, não perca essa oportunidade!

Além desses 6 exemplares, aproveitando a carona da promoção, você pode concorrer a mais 3 exemplares em formato e-book, veja como é fácil participar!

1. Todas as pessoas que seguirem esse blog e fizerem um comentário nesse post, concorrerão a 01 exemplar de O Diário das Revelações - Uma História Real em formato E-Book.

2. Todas as pessoas que seguirem o blog do livro (http://www.odiariodasrevelacoes.blogspot.come  fizerem um comentário lá, num post igual a esse, também concorrerão a 01 exemplar de O Diário das Revelação - Uma História Real em formato E-book.

3. Todas as pessoas que acessar a página do livro em http://www.clubedeautores.com.br/book/28805--O_Diario_das_Revelacoes e por lá deixarem um comentário pertinente a obra, também concorrerão a 01 exemplar de O Diário das Revelações - Uma História Real em formato Ebook.

Você pode concorrer aos 3 exemplares, não há regras para isso, basta que você siga os dois blogs e faça um comentário no post pertinente e na página do livro em Clube de Autores, basta apenas fazer um comentário relacionado a Obra.

Essa promoção é válida até 22/11/2011.

Boa Sorte! 


sábado, novembro 05, 2011

Os verdadeiros heróis brasileiros, esquecidos e marginalizados.

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O Almirante Negro
               Seria por conta da má educação que é oferecida nas escolas brasileiras, ou um plano bem elaborado e furtivamente infiltrado dentro de nossa cultura? Pergunto, pois, assim como em toda história do mundo, história do ser humano para ser mais exato, há relatos de lutas sanguinárias, guerras, rebeliões, traições e revoltas de toda espécie. Sim é algo triste, mas pergunto-me se é mais válido tentar jogar tudo isso para baixo do tapete, ou entregar esse conhecimento ao público, a fim de que o ser humano possa com essas informações conscientizar-se de seus atos falhos e de sua índole ainda animalesca, talvez dessa forma consigamos nos livrar de alguns hábitos que ainda nos impelem ao chão.
                No Brasil, desde antes de minha geração, tentam ensinar nas escolas que nossa história é a de um povo manso e pacífico, que nossa nação foi construída por homens bondosos, heroicos e cordiais. Antes fosse, mas adianta alguma coisa ensinar mentiras e meias verdades nas escolas? Que tipo de cidadãos estamos criando para o futuro? É fácil de responder essas, a educação que as pessoas recebem as deixam alienadas, indiferentes à própria cultura, desconhecedoras de fatos passados e por consequência sem interesse em ajudar a semear um futuro melhor para a nação.

                Hoje quero falar mais sobre a Revolta das Chibatas, devo dizer que não ouvi falar dela nas escolas que estudei, foi o interesse que me levou a esse conhecimento e foi esse conhecimento que me levou a entender muito mais da cultura brasileira, social, religiosa e política. Antes quero dar dois exemplos do que falo, como outros dois acontecimentos históricos brasileiros, que exemplificam claramente aquilo que estou falando.

                Certa vez, quando eu ainda era um garoto, um pré-adolescente, começamos a debater em minha sala de aula sobre o descobrimento do Brasil, momentos assim eram raros, visto que a meninada preferia ficar jogando conversa fora, jogando cartas e até mesmo namorando. Nessa ocasião estávamos com uma professora em sala de aula, conversa vai, conversa vem e lá fui eu, ergui meu indicador e disse com total certeza de que seria compreendido:

                - Ah, professora! Não vai me dizer que a senhora acredita que foi um ventinho que desviou Pedro Álvares Cabral de sua rota e o trouxe para o Brasil?
                - Bem João, não posso contestar esse fato, afinal é isso que a história nos ensina!

                Meu Deus! Então quer dizer que ela não tem opinião própria? Quer dizer que se estiver escrito num livro de história que Cabral veio ao Brasil a bordo de um Airbus, é nisso que ela vai acreditar? Bem, além disso fiquei sendo conhecido como o esquisito da escola, afinal, contestadores são culturalmente marginalizados, não é mesmo? Isso aprendemos desde tenra idade, o melhor a fazer é concordar com tudo, tenta discordar para ver o que acontece!

                Outro exemplo é a fatídica história de Tiradentes, outro escândalo da educação brasileira. Vocês sabiam que ninguém conhece ao certo o rosto do herói da Inconfidência Mineira? Pois é, os artistas da época criaram uma figura baseada no rosto de Jesus Cristo, que por sua vez, também teve a imagem deturpada! A história de Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, ainda hoje é uma incógnita, não se sabe se ele era um mauricinho boquirroto metido com a política ou um revolucionário consistente. Sabe-se apenas que no período imperial sua figura foi quase esquecida, logo foi fácil de ser utilizada para vários propósitos, alguns diziam que ele defendia causas ditatoriais, outros diziam que ele era totalmente contra essas mesmas causas. Sabe-se que depois que Tiradentes foi preso, passando três anos por todo tipo de privações e torturas, tornou-se um homem religioso, ao ponto de no dia de seu enforcamento, beijar o pé de seu carrasco e rezar o credo. Pronto, a igreja tinha uma boa história para contar também, logo a trajetória de Tiradentes até a forca, começou a ficar bem parecida com o trajeto do calvário de Jesus! Pronto, daí foi possível nascer um herói político e religioso.
Tiradentes de Décio Villares
Jesus Cristo












A Revolta das Chibatas.

                Acreditem ou não, em 1910 era regulamentado no Brasil, castigar fisicamente pessoas, esse era o caso para os marinheiros desobedientes, insubordinação era sinal de chibatada, quanto maior sua falta mais chibatadas levava, existia até um documento que previa um número máximo de chibatadas, eram vinte e cinco.
                Nesse meio, um marinheiro chamado Marcelino Rodrigues Menezes, que fazia parte da tripulação do Encouraçado de Minas, resolveu subir a bordo com uma garrafa de cachaça, falta grave! Um cabo viu o que Marcelino tinha feito e o delatou, vendo que não escaparia da punição e tomado pela sede de vingança, Marcelino foi tomar satisfações com o tal cabo, isso acabou em briga e o marinheiro feriu seu delator com uma navalha. De tão grave que foi a falta cometida pelo marinheiro, ele foi condenado a receber, não as vinte e cinco chibatadas regulamentadas e sim duzentas e cinquenta. João Batista das Neves foi seu carrasco e de frente a tropa, ao som de tambores, Marcelino Rodrigues Menezes recebeu as duzentas e cinquenta chibatadas.
                João Cândido, outro marinheiro, revoltado com aquilo que acabara de acontecer, iniciou um motim e sob seu comando, marinheiros revoltosos invadiram o Encouraçado de Minas e mataram João das Neves. Depois disso, a tripulação de outros navios aderiram ao motim e mandaram um recado ao presidente:

                "Não queremos a volta da chibata. Isso pedimos ao presidente da República e ao ministro da Marinha. Queremos a resposta já e já. Caso não a tenhamos, bombardearemos as cidades e os navios que não se revoltarem."

                Todos os navios que foram tomados pelos marinheiros que lutavam pelo fim das chibatadas, se posicionaram na Baía de Guanabara, na cidade do Rio de Janeiro, nessa época capital do Brasil, a uma distância segura para que as armas da fortaleza da barra não pudessem alcançá-los, ao mesmo tempo que mantiveram uma distância adequada para que as armas dos navios conseguissem bombardear a cidade.

                No dia 25 de novembro, o ministro da Marinha daquela época, Joaquim Marques Batista Leão, deu ordem para que todos os navios que ainda estavam a serviço da nação, bombardeassem os navios tomados pelos marinheiros amotinados, ele queria vê-los afundar, porém no mesmo dia o Congresso Nacional aprovou a anistia dos revoltosos.
                Acreditando na anistia, aqueles marinheiros voltaram à orla e entregaram os navios. O governo brasileiro, mesmo tendo prometido anistiá-los, prendeu e matou centenas desses homens. João Cândido, o incitador da revolta que passou a ser chamado de O Almirante Negro, foi preso, torturado e depois enviado a um manicômio, onde ficou por quatro anos, mesmo sem sofrer nenhum tipo de problema psiquiátrico.
                Em 1969, esquecido e vivendo em condições precárias, morreu O Almirante Negro, que sofreu na pele as consequências de ter lutado contra um governo criminoso e ditador, mas foi vitorioso, pois depois de seu ato tomado pela mais pura coragem, foram proibidos de vez quaisquer tipos de castigos corporais na marinha.

                Eis aí um bom candidato a ocupar o cargo de legítimo herói brasileiro.

Especial Globo News
100 anos da Revolta da Chibata.

quinta-feira, novembro 03, 2011

Salvador Dali

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Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech, Marquês de Dalí de Púbol nasceu em 11 de maio de 1904, na cidade catalã de Figueras (Espanha), região que foi também uma espécie de pano de fundo para grande parte de sua obra.
Em 1921 foi estudar pintura em Madri, quando já possuía boa bagagem artística. Foi nessa época que fez amizade com o poeta Lorca. Sua primeira exposição individual aconteceu em 1925, na Galeria Dalmau (Barcelona). Foi chamado em 1927 para o serviço militar, cumprindo-o no Castelo de Sant Ferran (Figueres). Surrealista desde 1928 (ano em produziu, com Buñuel, o filme” Un perro andaluz” e se incorpora ao grupo surrealista em Paris). Em 1938, fiel ao mesmo tipo de pintura, modificou sua orientação temática até chegar a quase mesmo mistricismo.

Cada vez mais atraído para o Surrealismo a partir de 1.929, e influenciado pelas teorias de Sigmund Freud. Casou-se com Gala Eluard que fora antes sua amante, que além de ser a musa inspiradora, foi uma grande colaboradora e organizadora de seus afazeres. Mas foi ela também que sua ganância incentivou Dalí a banalisar a sua arte.

Os últimos anos de Salvador Dalí foram obscurecidos por um distanciamento de Gala, que morreu em 1982. No mundo das artes crescia a preocupação com a quantidade de obras falsas que lhe eram atribuídas.
O próprio Dali sabia de sua parcial culpa, pois que muitas vezes chegou a assinar centenas de folhas em branco que seriam obviamente usadas de forma ilícita. Em 1986 sofreu graves queimaduras por causa de um incêndio, ocorrido em seu quarto.
A partir de então viveu prostrado em uma cama na torre do Museu de Figueres. Faleceu em 20 de janeiro de 1989, aos 84 anos de idade. Seu corpo embalsamado está enterrado em uma tumba sob a cúpula do Museu de Figueres (Espanha).

Para todos aqueles que são loucos por cinema e desejam conhecer o início da vida de Salvador Dali, recomendo que assistam o filme Poucas Cinzas (Little Ashes) , lançado pela Warner e já disponível em DVD. Esse filme  narra o auge da juventude de três dos maiores nomes da arte contemporânea. Dali, Lorca e Luis Buñuel. Além disso podemos também conferir a atuação de Robert Pettison, que vem mostrando ao público que histórias de vampiros que não gostam de sugar o sangue de suas vítimas, cuja única trama é a luta pelo amor de uma menina chata e mimada, não é o único tipo de filme que ele sabe fazer. Atrevo-me a dizer que o talento desse jovem rapaz chegou a ser abafado pela série Crepúsculo, visto as grandes atuações que ele vem tendo em filmes como Poucas Cinzas (Little Ashes) e Lembranças (Remember Me).

Trailer do filme Poucas Cinzas.

quinta-feira, outubro 20, 2011

Espirro Prolixo.

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                Na manhã quente de um verão brasileiro, enquanto o sol despontava no céu com mais de um milhão de raios a derreter as poucas nuvens que se atreviam a flutuar pela imensidão do céu azul. Nuvens essas que mais pareciam pequenos e quase transparentes flocos de fumaça, visto o infinito ao qual estavam sendo comparadas, e o céu, colorizado pelo mais intenso tom de anil, tom esse que não era comum, pois mais parecia que os gases que compõem nossa atmosfera, estavam se condensando para formar um céu palpável, a qualquer criatura rastejante na terra. Nele também se compunham muitas cores dentro de um diadema, fracas mais visíveis a olho nu, era a bela visão da cor do espectro solar, se confundindo com a cor do próprio céu. Mas sabendo que tal evento expunha sua mais colorida fraqueza, destituindo-lhe de toda nobreza e atribuindo a ele o simples papel de um mendigo apaixonado, o velho Sol multiplicava seus raios de luz a fim de impedir quaisquer olhos a se fixarem em seu ato de amor desesperado.  Como podia ele, o titã intempestivo que arrastava tudo consigo, se apaixonar tão loucamente por essa pequena esfera agora azul? Seu amor foi tão forte que quase a levou à morte na tentativa de se aproximar, mas notando que sua amada era frágil, a deixou em distância segura para que apenas seu mais gentil calor pudesse a abraçar. Mercúrio, o pequenino vilão apaixonado, quis lutar pelo amor da donzela azul, mas a caminho de sua batalha foi aniquilado, mesmo assim seu corpo sem vida garantiu-lhe parte da vitória, pois ficou orbitando entre seu maior inimigo e sua amada, e mesmo morto teve sua glória. Venus, que era apaixonada pelo velho titã, percebeu que não poderia impedir aquele amor através de um confronto direto e um plano ela se pôs a elaborar, decidiu que o melhor a fazer era se colocar entre seu amado e sua rival, a uma distância segura para que nenhum dos dois pudessem lhe fazer mal. Para completar seu malévolo plano, sempre que o titã vem para iluminar um dos lados da face de sua amada, lá está Venus brilhando no fim da madrugada, se impondo entre o Sol e a donzela azulada.
                Entre as guerras e paixões mal resolvidas, o amor entre a Terra e o Sol não pôde ser impedido e em meio a esse namoro sempre atrapalhado, se entregaram sem pensar em pecado e esse ato gerou vida, os filhos de um amor celestial. Dentre esses filhos, numa casa pequenina, uma porta se abria e lá de dentro saía uma linda menina, de cabelos enrolados, de cada lado de sua cabeça uma trança escorria e na ponta de cada trança, um laço avermelhado seus cabelos prendia. Alheia a sua criação, não tinha a menor noção do motivo de sua existência, apenas fixava seus olhos no belo dia, sabendo de forma inconsciente que dali que vinha sua essência.
                Perto de sua casa, o silêncio cedia espaço ao progresso da humanidade desenfreada, carros, motos, aviões, caminhões, homens construindo estradas, matando a própria mãe, enquanto o sol se lamentava sem nada poder fazer, pobre de minha amada dizia ele, sem ao menos se mexer. Era tanta fuligem no ar, tanta poluição que precisávamos de filtros de ar, melhores que nossos pulmões.  Pobre donzela azul, sendo destruída por sua própria criação, as lágrimas escoriam dela como a lava de vulcão. Desesperada e sem saber o que fazer, decidiu que seu fim seria a solução, enfraqueceu suas defesas e deixou acontecer, seus filhos destruíram a camada protetora que lhes deu vida e por seu amado novamente seria aquecida, pelo calor que um dia abdicou para a vida florescer.
                Novamente voltando à menina, alheia a tudo que acontecia, nem percebera as milhares de partículas invisíveis de fuligem que suas narinas receberam, ela só queria respirar fundo e sentir o ar da manhã. Seus olhos encolheram e começaram a lacrimejar, sua cabeça voltou-se para trás sem ela comandar, seu pequeno narizinho coçava sem parar e suas mãos lutavam para em seu rosto chegar.  De repente, antes de qualquer reação raciocinada, seu corpo todo se projetou para frente e uma força vindo de dentro, quase da alma, fez aquela sensação estranha passar:
                - Atchin!
                - Saúde minha filha, Deus te crie. – Disse a mãe para a pobre menina, que de tão forte espirro ficou toda descabelada, com uma das tranças desamarrada, enquanto tentava livrar-se da coriza.

João Fernando
20/10/2011

segunda-feira, outubro 17, 2011

O Mundo Que Coabitamos.

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                    Acredite, você não está sozinho nessa caminhada! Por mais que muitas vezes em nossas vidas, sentimos profunda solidão independente da companhia, esse sentimento está errado, pois nunca estamos sozinhos.
                Minha teoria para esse sentimento de solidão que é tão comum entre a humanidade, parte do principio da mudança de ótica do estado em que o ser humano se encontra nessa grande esfera azul, que chamamos de Terra.   
                Dividimos o mesmo espaço, mas não o mesmo mundo, eis minha teoria.
               
                Deixe-me tentar explicar da seguinte forma. Você já teve a impressão de passar por alguém na rua e não ser enxergado, ou então trombar em alguém e ter a nítida impressão de que essa pessoa não estava lá, há segundos atrás? É disso que falo, pois fisicamente dois corpos irão colidir, sempre que um for de encontro ao outro, essa é uma lei de nosso planeta, mas isso não significa que enxerguemos ou sejamos enxergados a todo instante.  Imagine o planeta Terra, agora imagine miniaturas desse mesmo planeta dentro do planeta maior, nessas miniaturas vivem grupos de pessoas que compartilham de uma mesma faixa vibratória. As vezes é necessário sair de nosso mundo e ir para o outro, seja por conta do trabalho, caridade, etc... Quando bem treinados, encontramos o caminho de volta para nossa casa, quando não, nos perdemos e ficamos vagando por aí, de mundinho em mundinho, até achar o nosso.  Sei que pode parecer confuso, mas entenda que nosso mundo não se encontra naquilo que nossos olhos podem ver, pois tudo isso é superficial e mutável, nosso verdadeiro mundo encontra-se em nossa mente e nós mesmos nos encontramos nela.
                A semelhança nos obriga a coabitar o mesmo espaço em nosso planeta, mas as diferentes faixas vibratórias de nossos pensamentos, fazem com quem vivamos em mundos separados. Às vezes vibramos em faixas tão diferentes, que nossos olhos, que enxergam apenas aquilo que queremos ver, falham e isso proporciona uma colisão com uma pessoa na rua, e quando acontece há o confronto entre os mundos e normalmente não é agradável.
                O mundo sempre foi assim e só deixará de ser quando todos nós passarmos a vibrar da mesma forma, nesse momento, que tenho fé que chegará, finalmente habitaremos um único mundo, criaremos uma grande família e a palavra medo deixará de existir em nossos dicionários.
                Por enquanto vamos vivendo, buscando nossa proteção e pedindo a Deus que nos coloque no caminho de pessoas que compartilham o mesmo mundo que o nosso, nos afaste de mundos perigosos e nos dê a segurança necessária para seguir em frente.
                Procure lembrar de que antigamente o maior poder do ser humano era a espada, mas isso já passou e hoje nossa espada é o verbo, através dele que devemos buscar o progresso de nossas almas.  Se você anda se sentindo sozinho em seu mundo, vou ensinar agora algumas afirmações  que podem ser recitadas em voz alta ou simplesmente mentalizadas, isso fará com que surja em você, de imediato, uma força interna muita grande e a prática constante começara a te dar a certeza de que dias melhores virão. Tais afirmações são independentes de qualquer religião, visto inclusive que já os ensinei para pessoas das mais diversas religiões e todas aquelas que os pronunciaram com a ajuda da fé de seus corações, sentiram realmente algo muito forte e bom, crescendo em seus corações.

                Em momentos em que sente as grandes dificuldades da vida, seja solidão, tristeza ou qualquer outro tipo de sentimento que abaixa os padrões vibratórios de nossos pensamentos. Ou então quando você está diante daquele problema que aparentemente é insolúvel, coloque Ele à frente de tudo e confie que o melhor sempre irá acontecer. Recite quantas vezes achar necessário, procure substituir seus pensamentos negativistas, sempre que vierem ao seu encontro, pela seguinte frase:

                A LUZ DE DEUS É SEMPRE VITORIOSA!

                Em momentos que as trevas do medo estão assediando seu coração, peça por proteção e isole-se desse sentimento que não é seu, repita em sequencias de 3, quantas vezes você achar necessário.

                SÃO MIGUEL À FRENTE
                SÃO MIGUEL ATRÁS
                SÃO MIGUEL À DIREITA
                SÃO MIGUEL À ESQUERDA
                SÃO MIGUEL ACIMA
                SÃO MIGUEL ABAIXO

                SÃO MIGUEL, SÃO MIGUEL, SÃO MIGUEL, ONDE QUER QUE EU VÁ!
                EU SOU O SEU AMOR QUE ME PROTEGE AQUI
                EU SOU O SEU AMOR QUE ME PROTEGE AQUI
                EU SOU O SEU AMOR QUE ME PROTEGE AQUI

                Siga em frente, sempre! Ceda espaço em seu coração somente para a alegria, acredite sempre que sua vida será abençoada com as melhores oportunidades, acredite que seu mundo sempre será habitado por pessoas boas e amigas!
                Seja feliz, pois esse é o motivo principal de sua existência! Peça ajuda, tente evitar a cegueira que é acreditar que tudo se pode sozinho, pois o fato é que precisamos fazer apenas 10% enquanto Deus entra com os outros 90%. Peça ajuda sempre, mas peça aos seres elevados e não foque seu pedido, simplesmente no objeto de sua afeição. Peça ajuda para ser uma pessoa melhor, peça ajuda para compreender o poder da abundância, para que ela flua em sua vida. Peça ajuda para conseguir amar e ser amado! Converse honestamente com aquele que é alvo de sua fé, seja ele intitulado Deus, Grande Arquiteto do Universo, Alá, etc...

João Fernando
17/10/2011


domingo, outubro 16, 2011

Domingo Chuvoso!

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Adorei essa invenção!

                Lá fora a chuva cai fina e constante, suas gotas velozes tocaram minha pele como se fossem agulhas. Dessa vez não falo de meu estado de espírito, chove de fato lá fora. Aqui dentro, gripado, não me importo se a vida quer passar a passos apressados.
               
                Esses dias eu li sobre a causa metafísica do resfriado, não fui atrás para procurar, veio até mim como se eu tivesse que ler aquelas poucas linhas. Resfriado é a necessidade do pranto da alma, que é sufocado por uma mente endurecida pela vida. Fiquei pensando nisso, faz tanto tempo que não consigo chorar de verdade, limpar a alma e seguir em frente. Se bem me lembro, a última vez que me entreguei ao alívio do choro, foi num processo doloroso de catarse, não foi gostoso, vomitei muitas raivas, desilusões, frustrações e medos.

                A rua aqui fora está quieta, posso ouvir os pingos de chuva caindo no chão, ao longe ouço o canto de um passarinho, não consigo definir de qual espécie. Talvez hoje eu dê sorte e consiga ouvir também as andorinhas que passam por cima de minha casa, são tão escandalosamente divinas...

                Dias assim são muito bons para um queijos e vinhos, ler um bom livro e pensar sobre a vida. São bons também para ter consigo aqueles amigos, que assim como você, gostam de pensar e filosofar sobre as coisas da alma.
                Sinto saudades daquilo que não sei se já tive em minha vida, talvez não seja esse o sentimento, talvez eu esteja confundindo as coisas, talvez sejam mais vontades. Vontades de coisas que nunca tive e sempre desejei ter, materiais, emocionais, transcendentais e tudo mais... Rsrsrs. Talvez eu tenha tido um monte dessas coisas que hoje desejo e não posso, talvez eu já tenha vivido isso numa outra vida e o véu do esquecimento, tenta agora romper-se em minha mente. Se bem que esse negócio de outras vidas tem se tornado bem engraçado ultimamente, o que eu conheço de pessoas que dizem ter sido reis e rainhas, nobres e fidalgos de todas espécie, não está escrito. Não sei, talvez eu tenha sido uma das prostitutas que  serviam D. Pedro II, ou quem sabe um mendigo muito bem sucedido, que ganhava esmolas gordas ao recitar versos apaixonados, para casais nobres que passeavam de mãos dadas pela orla. Momentos como esses são necessário em nossas vidas, eu ao menos já conheci alguns mendigos que eram, ou ainda são em alguns casos, figuras extremamente curiosas. Tinha um que falava inglês, outro que era um poeta nato, teve até aquele que, mesmo ganhando roupas, preferia se vestir com um belo saco de lixo. Essas histórias, essas pessoas, são partes importantes de nossas vidas, pois se não fossem simplesmente não atravessariam nosso caminho. Agora, se todos foram nobres em vidas passadas, quem sobrou para fazer o trabalho sujo? Eu não me importo, afinal essa vida é uma invenção. Cargos, títulos, idade, família, tudo isso foi inventado pelo homem, só existem porque acreditamos que existam. Um belo exemplo disso é o dinheiro, num dia qualquer um imperador chinês resolveu imprimir sua face num pedaço de papel e dizer que aquilo valia alguns quilos de arroz, o povo não gostou muito, mas não aceitasse para ver, perdia a cabeça na hora!
                Certo dia fui jogar tarô com um conhecido meu, ele me disse que enxergava algum tipo de voto de pobreza na minha vida, que aparentemente eu havia sido ligado a igreja católica em vida pregressa, não como um sacerdote, mas como um daqueles monges que ficam limpando o chão do mosteiro, sabe? Pois bem, aí o bobão aqui resolveu acreditar que fazer voto de pobreza era o melhor caminho para a salvação. Conclusão, se isso estiver certo, morri limpando o chão, nasci de novo e nem ao menos sou católico, mas a ligação energética de um voto ridículo feito há anos atrás, talvez até há cerca de um século e meio, permanece.

                Bem, já percebi que esse post não seguiu por uma linha de raciocínio única, sou só eu rascunhando algumas palavras, então para terminar acho interessante que seja dizendo alguma coisa de utilidade pública.

                Tomem cuidado com certezas absolutas, meus queridos! Volto a repetir que a verdade não é do mundo e sim do ser, nem mesmo o azul que é uma cor primária, de fato é azul, pois tudo depende do ponto de vista do observador (lembrando Einstein). Essas certezas absolutas de tudo, só fazem é nos condicionar, nos fechar demais e por consequência fazer burrices como, votos de pobreza, que nos acompanharão pelo tempo necessário para que percebamos a besteira que fizemos.

Bom domingo a todos, sendo ele chuvoso ou não!


João Fernando
16/10/2011