terça-feira, fevereiro 23, 2010

Vivendo num mundo de fortes opiniões.

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Ando pensando muito em minha vida ultimamente, não sei de fato se isso é novidade ou se sempre fui um chato pensador.

Mesmo conhecendo os caminhos, infelizmente é de minha genética ter crises depressivas profundas, isso ajuda a pensar tanto assim na vida.

Já há algum tempo, percebi que não sei quem eu sou de fato e resolvi buscar no passado as respostas, por mais doloroso que isso seja.

Notei que quem eu sou, vive por trás de um filtro formado por tudo aquilo que disseram que eu era. Todo dia quando acordo, minha alma passa por esse filtro e vivo meus dias sendo esse misto de mim mesmo, com aquilo que pensam que sou.

Passe minha infância e adolecência, ouvindo constantemente que eu era uma pessoa inteligente porém, orgulhosa, que tinha papo de vendedor, que desistia fácil das coisas, arrogante, pessimista, que vivia de coitadismo...

O que tenho a dizer para essas pessoas é simples: - FORAM VOCÊS QUEM ME FIZERAM ASSIM!

Criaram tantas expectativas sobre essa pseudo inteligência que me atribuíam, que o menor deslize adolescente virava motivo de tempestade.

O orgulho tornou-se um tabu tão grande em minha vida, que foi necessária uma psicóloga abrir meus olhos, desmitificando que até então era um monstro para mim. Ela me mostrou que para determinados sentimentos bons do ser humano, não há na lingua Portuguesa, melhor palavra que o orgulho para descrever.

Sou um bom argumentador, sei me expressar bem e brincar com as palavras! Defendo minha opiniões fortemente pois, tenho perssonalidade. Isso sempre incomodou a incapacidade e ignorâncias das pessoas, que ao invés de reconhecer algo bom em mim, preferiam agredir-me dizendo, pejorativamente, que tenho papo de vendedor. Agindo sempre na defensiva comigo, para que não fossem "ENGANADAS".
Mesmo já tendo eu, engano algumas pessoas, por defesa ou imaturidade, jamais achei a enganação um meio de vida.

Desistir fácil? Quem fala isso é muito maldoso. Sempre foram poucas as minhas escolhas, poucas foram as vezes que tive de fato a chance de poder optar, entre continuar ou desistir. No turbilhão de acontecimentos de minha vida, tive que aprender a cozinhar e a viver só dentro de um porão, das cinco da manhã até as nove horas da noite, com apenas sete anos de idade! Disso eu queria ter desistido mas, eu não tinha escolha. Agradeço a Deus por ter um instinto de sobrevivência muito forte!
Hoje em dia, eu apenas aproveito o aumento de possibilidades em minha vida, escolhendo sempre o caminho menos doloroso a seguir.

ARROGANTE NÃO! Consciênte de mim. Meu jeito de ser é assim, sou uma pessoa muito sincera, ai sempre confundiram tal sinceridade com arrogância.

Pessimista até que sou um pouco sim. Isso é natural visto que a vida me vez assim. Excesso de realismo, desde muito cedo sempre soube o valor do dinheiro, nunca fui criança de acreditar em papai Noel.

COITADINHO É A MÃE! Tenho sim uma história triste mas, não vivo mendigando dó de ninguém, jamais gostei disso. O problema é que quando encontro uma pessoa que gosta de se fazer de vítima, essa pessoa não gosta de ouvir minha história de vida, pois acha que eu estou querendo concorrer com ela!

Por fim, é um desejo íntimo e sincero, quero muito descobrir esse homem maravilhoso que sou, que existe por trás desse empoeirado filtro de estigmas, que me acompanham como um cachorro fiel, mesmo eu não querendo.

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